quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Alvorada/Supernova

Às vezes pergunto-me se não estarei a querer mostrar uma face corajosa para estar lá para ela como amigo desinteressado quando apenas passaram 2 semanas desde que acabámos e muito claramente ainda a amo... Se não estarei a querer jogar completamente fora da liga do que consigo aguentar emocionalmente.
A verdade é que sei que ela precisa de um amigo a quem possa contar coisas que sei que só eu estou sequer perto de estar em posição para ouvir. Algumas são coisas que magoam, e fazem ciúme e me fazem sentir um vazio escuro e frio na minha alma.
Sei que luto talvez contra o impossível, que é estranho aos olhos da sociedade eu estar sequer a tentar. Eu devia estar zangado, devíamos estar de relações cortadas... Por outro lado, se calhar eu devia ter-me atirado de um prédio alto. Mas a nossa conversa de ontem, que me devia ter deixado despedaçado de tanta dor, deixou-me o sentimento de numbness que cheguei a procurar no suicídio, deixou-me a pensar que talvez já tenha doído tanto que algures na minha alma algo se calejou e ganhou um escudo contra tudo isto.
Sei que devia pensar em mim, e não nela. Mas como teria paz de espírito fazendo-o, quando sei que ela está tão mal ou pior que eu, e quando o que mais prezo é nós sempre termos podido falar de tudo?

Quero ter força para isto. E vou ter. Já perdi o suficiente.

P.

domingo, 17 de outubro de 2010

A Longa Estrada

O desafio de transladar o que foi uma relação amorosa para uma amizade minimamente saudável e funcional são muitos, e a estrada até lá chegar é estreita, cheia de armadilhas e desvios enganadores que não têm saída.

Um deles leva ao caminho de regresso, que é forrado a pétalas de rosa e árvores frondosas a ladeá-lo, belo como uma flor carnívora para um insecto. Muitos são levados a percorrê-lo. No entanto esse caminho acaba muitas vezes num abismo negro, pois só metade dele é cuidado e mantido com ternura, enquanto que o dono da outra metade decidiu seguir a sua estrada até outra saída, abandonando-o à erosão do tempo.
Quando entre duas pessoas se seguem caminhos diferentes o resultado será sem dúvida, e invariavelmente a amargura, o desentendimento e a tristeza. Alguns atiram-se ao abismo do esquecimento, e votam o outro ao passado e ao oblívio. Como um mergulho para o suicício esta desistência é libertadora, é tentador esquecer a estrada dura a que leva o caminho a seguir.
Nunca me perdoaria se não fosse ver onde termina o belo caminho debruado a rosa e verde. Mas ao ver o abismo em que o deixaste, deixo uma lágrima escorrer-me pela face e volto atrás, procurando um outro caminho para ti que possa ter ficado intacto.

P.

sábado, 9 de outubro de 2010

Hoje ouviu-se muito isto...

Magnificent
Oh, oh, magnificent

I was born, I was born
To be with you in this space and time
After that and ever after
I haven't had a clue only to break rhyme
This foolishness can leave a heart black and blue, oh, oh

Only love, only love can leave such a mark
But only love, only love can heal such a scar

I was born, I was born to sing for you
I didn't have a choice but to lift you up
And sing whatever song you wanted me to
I give you back my voice from the womb
My first cry, it was a joyful noise, oh, oh

Only love, only love can leave such a mark
But only love, only love can heal such a scar
Justified, till we die you and I will magnify, oh, oh
Magnificent, magnificent, oh, oh

Only love, only love can leave such a mark
But only love, only love unites our hearts
Justified, till we die you and I will magnify, oh, oh
Magnificent, magnificent, magnificent

U2



Valeu a maratona de True Blood para me distrair. :)

O Lado Solar

O Lado Solar...
Um blog que quer ser a forma física (tanto quanto bits podem ser físicos, pelo menos) dos pensamentos da parte mais bela e soalheira de uma mente em conflito com si própria.
Metade de um esforço de honestidade que espero que termine esse conflito comigo próprio, entre o egoísmo e o altruísmo puros, a felicidade e a infelicidade, a timidez e a expansividade, o bom e o mau. Que a fusão destas duas caras não seja perfeita, mas me dê satisfação e equilíbrio.

Um blog que não foi feito para ser lido, mas para ser escrito e lembrado.

Mas quem entrar que não deixe de ler e deixar uma palavra, fiquem para o chá, convido eu. :)

PS: Irá haver um Lado Lunar ilustrando os devaneios da outra metade menos saudável da minha... psique. :)
Pode aparecer amanhã, ou daqui a um mês, ou daqui a um ano. Ou, quem sabe *makes a wish*, talvez nunca.